Vice-presidente do PT no AM diz que não sobe no palanque de Braga: ‘não vou’

Por Lúcio Pinheiro |

O líder do PT na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e vice-presidente estadual da sigla no Amazonas, vereador Sassá da Construção Civil, disse nesta terça-feira (5), na tribuna da Casa, que, politicamente, não tem como apoiar a candidatura do senador Eduardo Braga (MDB) ao Governo do Amazonas.

“Vou repedir de novo, a juventude do Partido dos Trabalhadores (PT), o sindical, sindicado dos metalúrgicos, da construção civil, petroleiros, práticos, sindicados filiados à CUT, somos mais de 27 sindicados, se juntar dá mais de 300 mil trabalhadores, não estão apoiando a candidatura do senador Eduardo Braga, não estamos”, disse o vereador.

Segundo lideranças do PT ouvidas pelo ESTADO POLÍTICO, Braga será o candidato ao Governo do Amazonas que terá o apoio do pré-candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha já está sacramentada pela Nacional do partido.

Sassá disse que o histórico de Braga nas votações de reformas caras aos trabalhadores, como previdência e trabalhista, e no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o impede de subir no palanque do senador.

“A reforma da previdência: quem votou contra os trabalhadores? Eduardo Braga. Aí vem a reforma trabalhista, que o trabalhador faz bando de hora, redução do salário, acabou com o trabalhador. Quem votou contra o trabalhador? Eduardo Braga. Aí vem essa energia hoje barata que nós temos, para não dizer o contrário, trabalhador sem dinheiro para pagar, cortando luz. Quem foi o ministro de Energia? Não foi o Sassá, foi o Eduardo Braga. Aí vem o impeachment da Dilma, que ele foi ministro, em vez de comprar a luta, o que ele fez? Votou contra [à favor do] o impeachment. Será se eu estou certo em dar um apoio a um cidadão desse?”, discursou Sassá.

O petista disse que o eleitor está esperando Braga nas urnas para se vingar. “Ele vai passar vergonha. Porque o povo está esperando. Um dia é da caça e o outro é do caçador. Agora nós somos o caçador. O povo não esquece”, completou Sassá.

“Respeito a decisão da nacional. Se quiser apoiar, apoiem. Mas eu não subo no palanque”, finalizou