Da Redação |
Ao reagir às críticas do vereador Raulzinho (MDB) por ter votado contra o Projeto de Lei do Executivo Municipal que concedeu reajuste de 5,48% aos professores municipais, o vereador Coronel Rosse, do PL, afirmou que muitos colegas de parlamento na CMM (Câmara Municipal de Manaus) “estão com focinheira”.
“Infelizmente muitos aqui estão com a focinheira na boca e não podem falar, mas eu posso”, disse Rosses ao defender que vereadores da base estão amordaçados ou impedidos de expressar suas opiniões livremente.
Rosses foi, em seguida, repreendido pelo vice-presidente da CMM, vereador Jander Lobato (PSD), que presidia a sessão plenária.
“Eu acho que Vossa Excelência erra, comete um equívoco, quando fala de focinheira, porque aqui não tem nenhum cachorro. Então pode até ter alguém que se ache mais macho do que o outro, que eu acho improvável que exista. Então quando você tem o direito de falar e discursar como vereador eleito pelo povo, mas peço que Vossa Excelência não falte com respeito com os colegas quando fala de focinheira, porque aqui não tem nenhum cachorro, nenhum animal. Por mais ignorante que alguém possa ser nessa Casa, aqui não tem animal”, rebateu Lobato.
Mais cedo, Raulzinho afirmou, em discurso, que os profissionais da educação que compareceram à galeria da CMM na segunda-feira, 16, serviram como “massa de manobra” e que foram usados pela oposição para objetivos políticos, ao invés de terem seus interesses verdadeiramente defendidos.
Raulzinho acusou a oposição de trazer para a Câmara Municipal “ódio” e “rancor” por terem “perdido a eleição” no pleito majoritário, sugerindo que suas ações são motivadas por vingança e frustração pessoal, e não por princípios políticos legítimos.