Por Lúcio Pinheiro |
O diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) de Manaus, Paulo Henrique Martins, disse na quarta-feira (27) que os recursos que o Governo do Amazonas tem repassado ao município para garantir o Passe Livre estudantil tem “salvado o transporte da cidade”.
Segundo o diretor, a verba tem servido para cobrir “grande parte” do subsídio que a Prefeitura de Manaus repassa às empresas que operam o sistema de transporte público para bancar o custo operacional do serviço.
“Graças a esse convênio, grande parte do subsídio do transporte pode ser coberto por esse governo. E isso garantiu que o transporte esteja evoluindo na cidade de Manaus. Porque os custos têm aumentado muito nos dois anos, o diesel disparou, e esse trabalho com o governador e o prefeito é que tem salvado o transporte na cidade de Manaus”, disse Paulo Henrique, durante a renovação do convênio para manutenção do Passe Livre estudantil em 2024.
Em maio deste ano, o diretor do IMMU esteve na Câmara Municipal de Manaus (CMM) apresentando números do transporte público. Na ocasião, ele informou que a média mensal da receita das empresas era de R$ 34 milhões, enquanto o custo operacional era de R$ 67 milhões (mês).
A diferença entre receita e custo operacional é bancada pelos cofres públicos. No final de 2022, ao fazer um balanço da sua gestão, o prefeito David Almeida (Avante) afirmou que o repasse anual do município para as empresas bateu na casa dos R$ 360 milhões. Era a terceira maior despesa da prefeitura.
De acordo com o Governo do Amazonas, o Estado já repassou R$ 238,2 milhões ao município para o Programa de Reestruturação e Qualificação do Transporte Público. Foram 118,2 milhões em 2022 e mais R$ 120 milhões este ano. Em 2024 serão mais 120 milhões.
É com esse recurso que é mantido o Passe Livre estudantil, que garante a gratuidade a estudantes da rede municipal e estadual de ensino que moram a mais de um quilômetro da escola.
Paulo Henrique informou que o Passe Livre estudantil garantiu, em dois anos (2022 e 2023), 45 milhões de passagens. E deve bancar mais 20 milhões em 2024.
