MANAUS – O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) divulgou nota, nesta segunda-feira (15), na qual defende a criação de uma comissão para discutir amplamente a retomada das aulas presenciais.
A comissão, diz a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, deve ser formada por especialistas da saúde, representantes das secretarias de Educação, do Conselho Estadual de Educação e do Ministério Público do Estado (MP-AM).
“Num momento em que o governo começa a anunciar a retomada das atividades na capital, vemos com preocupação o retorno das aulas presenciais, principalmente no interior, que não tem estrutura para tratar os doentes. As salas de aulas são lotadas, não há higienização nas escolas. Como garantir segurança para trabalhadores e alunos? Como evitar que a doença se espalhe e os alunos levem o vírus para pais e avós com doenças crônicas? São essas perguntas que gostaríamos de fazer ao governo mas não existe esse canal de diálogo. Tudo é imposição”, afirmou Ana Cristina.
O sindicato realizou uma pesquisa entre os trabalhadores da educação e constatou que mais de 60% deles tiveram algum familiar confirmado com o novo coronavírus. A pesquisa realizada alcançou professores, pedagogos, merendeiros, auxiliares administrativos, gestores, entre outros trabalhadores de 45 municípios.
Mais de 55% dos que responderam à pesquisa declararam fazer parte de grupos de risco e 19,7% afirmaram que perderam familiares para a Covid-19.
A consulta online também perguntou sobre as aulas à distância. A maioria dos entrevistados iniciou o isolamento social no dia 17 de março. Quase 23% tiveram que ir à escola durante o isolamento, 90,5% atenderam alunos pelo WhatsApp, sendo que 86,55% fora do horário de trabalho.
Sobre a possibilidade de retomar as aulas presenciais, 84,6% dos entrevistados acreditam ser fundamental o uso de máscaras e de álcool em gel para o retorno das aulas presenciais; 77,2% defendem o distanciamento na sala de aula com o revezamento de alunos; 68,2% preferem manter as aulas online.
Sessenta e oito por cento defendem retomar as aulas somente após a descoberta de uma vacina eficaz contra o coronavírus; outros 63,3% acreditam ser necessário ter vagas nas unidades de saúde.
“Vivemos um momento da história, que jamais imaginávamos que haveria. Hoje, defender a vida torna-se primordial para nós trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu Ana Cristina.
Eu também me preocupo muito e tenho receio em relação a volta as aulas, principalmente os alunos e professores q são de rico. Mais prudente depois da vacina.