Da Redação |
MANAUS – Após 70 dias em greve, o Ifam (Instituto Federal do Amazonas) anunciou o retorno das aulas para a próxima segunda-feira, 1º de julho. O anúncio ocorre após o governo federal assinar nesta quinta-feira (27), em Brasília, acordos com entidades representativas de professores e de técnicos-administrativos das universidades públicas e institutos federais de educação.
“Com a assinatura dos acordos, as atividades acadêmicas e administrativas irão retornar plenamente no dia 01/07/2024. Alunos/as, os horários das aulas serão os mesmos de antes da greve”, diz trecho do comunidade publicado nas redes sociais do Instituto.
Na nota, o Ifam diz ainda que durante a próxima semana, o campus apresentará os ajustes no calendário acadêmica para o cumprimento de todas as atividades letivas, incluindo a mudança do período de férias docente de junho de 2024 para janeiro de 2025.
Os acordos foram fechados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
No caso dos docentes, a proposta apresentada pelo governo prevê a reestruturação da carreira, com ganhos médios de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além de reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. Assim, o salário inicial de um docente com doutorado passará para R$ 13,7 mil e para professor titular, no topo da carreira, será de R$ 26,3 mil em 2026.
Reajuste médio
No caso dos técnicos, a proposta prevê reajuste médio de 31,2% em quatro anos, além de ganhos com progressão na carreira, que aumentarão dos atuais 3,9% para 4,0% em janeiro de 2025 e 4,1% em abril de 2026.
Além dos reajustes, o Ministério da Educação se comprometeu a revogar a Portaria nº 983/2020, que regulamenta atividades docentes no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e a criar um Grupo de Trabalho com prazo de 60 dias, após assinatura do acordo, para a elaboração de uma nova regulamentação.
Também foi acordada a recomposição do conselho que estabelece as diretrizes para a concessão da certificação destinada a professores de cursos técnicos de nível médio.
Com informações da Agência Brasil
