MANAUS – Os três casos de reinfecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) registrados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) neste ano, no Amazonas, ocorreram pela nova variante P.1, identificada a partir de estudo das linhagens do SARS-CoV-1 e considerada como de alto potencial de transmissibilidade.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Governo do Amazonas. Outros 12 casos de possíveis reinfecções seguem em investigação pela FVS-AM.
A P.1 é uma das 18 variantes do novo coronavírus já mapeadas no Amazonas. O estudo realizado pela Fiocruz Amazônia, em parceria com a FVS-AM, confirmou a origem da P.1 e um aumento substancial na frequência dessa variante nas amostras analisadas.
De acordo com o estudo, entre as amostras analisadas, a variante P.1 respondia, em dezembro, por 51% dos casos. Já no dia 13 de janeiro, esse percentual aumentou para 91%. Também foi identificada a circulação dessa variante em onze municípios do Amazonas, nos estudos realizados em janeiro.
O diretor-presidente em exercício da FVS-AM, Cristiano Fernandes, explica que o trabalho com a Fiocruz Amazônia fortalece a vigilância genômica como estratégia para o monitoramento viral, em especial do SARS-CoV-2.
“Atualmente já foram identificadas 18 variantes do SARS-CoV-2 no Amazonas, que são monitoradas desde março de 2020, período de registro do primeiro caso de Covid-19. As pesquisas apontam a necessidade de ampliar o monitoramento genômico; e que estudos dessas variantes são necessários para o melhor entendimento da dinâmica de transmissão da doença, e da definição de novas estratégias para o enfrentamento da pandemia”, explicou Cristiano.
