MANAUS – Dos 62 municípios do Amazonas, 28 estão em situação de emergência e mais de 260 mil pessoas foram diretamente afetadas pelas águas que continuam a subir em nove calhas de rios do estado. Os dados foram divulgados neste domingo (25) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos do Governo do Amazonas, que alerta para picos de enchente previstos até julho.
Outros 29 municípios, no estado, estão em alerta e apenas dois permanecem em normalidade. As famílias afetadas somam 65.037, muitas delas com acesso limitado a serviços básicos.
Diante do cenário, o governo estadual já enviou 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros e 57 mil copos de água potável, além de purificadores do programa Água Boa para cidades como Manicoré, Apuí e Boca do Acre. A prioridade é garantir alimentação e água segura para comunidades isoladas.
Saúde
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) mobilizou 72 kits de medicamentos para sete municípios, beneficiando mais de 35 mil pessoas. Em Manicoré, uma nova usina de oxigênio foi instalada no hospital municipal, triplicando a capacidade de produção em comparação ao equipamento antigo. Já Apuí recebeu cilindros de oxigênio extras e insumos hospitalares para reforçar o atendimento.
Operação Cheia 2025
A resposta emergencial começou em 16 de abril, após o governador Wilson Lima anunciar ajuda humanitária para a região do rio Madeira, onde Humaitá, Manicoré e Apuí foram as primeiras cidades a decretarem emergência. A operação já distribuiu 160 toneladas de alimentos e 600 caixas d’água, além de purificadores para comunidades sem acesso a água tratada.
A Defesa Civil do Amazonas mantém alerta constante, com o Centro de Monitoramento acompanhando os níveis dos rios.
