Estado Político
  • Principal
  • Autores
  • Poder
  • Geral
  • Cidades
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
  • Principal
  • Autores
  • Poder
  • Geral
  • Cidades
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
Estado Político
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
Inicial Judiciário

Por atropelos da PGR e do relator, STJ conclui que caso de Wilson não está apto para ser julgado

Redação Divulgado por Redação
11/06/2021
na categoria Judiciário
63 3
1
STJ retira de pauta processo da Sangria que poderia resultar no afastamento de Wilson do governo
214
Compartilhamentos
1.6k
Visualizações
CompartilharCompartilhar

MANAUS – Durante a sessão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que adiou o julgamento da ação oriunda da operação Sangria que poderia resultar no afastamento do governador Wilson Lima (PSC), houve um intenso debate a respeito do devido processo legal do caso nesta quarta-feira (2).

A atuação da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo foi criticada por juristas e magistrados.

Advogados dos acusados afirmaram que não tiveram tempo hábil para se manifestar e que a Procuradoria Geral da República (PGR) atropelou as normas processuais ao peticionar novos fatos posteriormente às manifestações das defesas.

O relator do caso, ministro Francisco Falcão, chegou a propor que o julgamento ocorresse no dia 28 deste mês, mas voltou atrás após a manifestação de colegas da Corte e do representante da Defensoria Pública da União (DPU), além dos advogados.

O advogado do governador do Amazonas Wilson Lima (PSC), Nabor Bulhões, disse que após o apensamento de nova petição da Procuradoria Geral da República (PGR) não houve tempo hábil entre a notificação da defesa e a marcação do julgamento, que ele disse acreditar que fosse adiado de antemão por conta disso.

A advogada do vice-governador Carlos Almeida (PSDB), Luciana Lóssio, expôs que a subprocuradora Lindôra Araújo, autora da ação penal, tem mantido a prática de apresentar novos documentos após a manifestação dos advogados, o que vai contra toda a doutrina e jurisprudência do Judiciário brasileiro.

“Com todo respeito à procuradora Lindôra, me somo à manifestação do professor Nabor Bulhões, e registro que o Ministério Público tem sim se manifestado no autos após a defesa. Inclusive, nós pedimos o desentranhamento da petição do Ministério Público, que fez uma verdadeira réplica à manifestação da defesa, inclusive trazendo fatos novos, distorcendo toda a razão de ser e o que nós entendemos sobre o devido processo legal. A defesa sempre fala por último”, disse Luciana.

Ao defender que a data de 28 de junho fosse mantida para o julgamento dada a “gravidade dos fatos”, Lindôra chegou a prometer publicamente que não incluiria mais nenhuma nova petição aos autos do processo.

“Eu, como Ministério Público, garanto que não faço nenhum peticionamento até o dia 28. Então não existe nenhum motivo para não ser firmado hoje a data do dia 28. O Ministério Público não peticionará nesses autos, porque está completamente pronta essa ação. Não existe motivo nenhum para adiar no dia 28”, disse a procuradora.

O advogado Nabor Bulhões criticou o relator do caso, Francisco Falcão, por agendar data para o julgamento sem que as demais fases do processo tenham sido devidamente concluídas.

“Há uma longa exposição em que se mostra e demonstra que essa sessão de julgamento foi designada como primeiro ato antes da expedição das notificações. A lei processual estabelece: denúncia, notificação, oferecimento das defesas, manifestação do Ministério Público sobre documentos, não sobre réplicas às defesas, e finalmente, pedido o dia para julgamento. O julgamento foi marcado para uma data e se fez uma espécie de corrida para alcançar a prática de todos os atos que integram o devido processo legal para chegar àquela data e ser possível o julgamento. Foi isso que ocorreu. O eminente ministro (Francisco Falcão) se esforçou, mas não conseguiu. Porque há ainda etapas do devido processo legal, na dimensão do que se denomina de contraditório preambular a se preencher”, disse Bulhões.

O representante da DPU (não foi possível identificar) também estranhou. O órgão chegou a ser cogitado pelos ministros Nancy Andrighi e Herman Benjamin para atuar na defesa de acusados na eventualidade dos advogados alegarem novamente não terem tido acesso e tempo hábil para analisar novas peças da PGR incluídas até o dia do julgamento. A ideia não prosperou.

“Existe um princípio até dentro da Lei Complementar da DPU, que trata do defensor natural. O processo não chegou nem a ser distribuído. Então, como o Dr. Bulhões narrou, esse processo, os prazos, na realidade os prazos nem foram abertos, não é nem que findaram. Então, a DPU também não tem conhecimento de quem são seus assistidos. O processo de fato não está maduro para julgamento, diria que menos que isso”, disse o defensor público.

Os ministros Luís Felipe Salomão e João Otávio Noronha criticaram que o julgamento tenha sido pautado nessas condições e sugeriram que sequer fosse marcada uma data até que o processo de fato estivesse “maduro” para ser levado ao Plenário da Corte Especial.

O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, concordou que não houvesse uma nova data específica, mas deixou nas mãos do relator a definição.

Francisco Falcão reconheceu o direito das defesas, como já havia feito ao sugerir o adiamento, e decidiu retirar o processo de pauta sem que haja uma nova data específica para que ele retorne ao Plenário da Corte.  Falcão disse, ao se dirigir a Bulhões, que seu objetivo, como magistrado, é ser célere e que em seu gabinete, como é de conhecimento do meio, os processos não dormitam.

O canal do YouTube do STJ retirou do ar a discussão dos ministros.

Saiba mais

O processo é referente à denúncia da PGR de suposta compra irregular de respiradores hospitalares durante a primeira onda da pandemia, em 2020. Além de Wilson Lima e Carlos Almeida, outras 16 pessoas foram denunciadas, entre empresários e servidores públicos.

Na manhã desta quarta, foi deflagrada a quarta fase da operação Sangria. Desta vez, o alvo da investigação é o contrato do hospital de campanha da Nilton Lins. Mandados de busca e apreensão e prisão foram cumpridos em Manaus. Em um dos endereços, a Polícia Federal foi recebida a tiros.

Assuntos: PGRSTJWilson Lima
Notícia anterior

VÍDEO: ‘Não há nenhuma prova contra mim’, diz Wilson sobre operação da PF

Próxima notícia

MPF investiga pagamentos e contratos que nunca ocorreram, informa SES-AM

VejaNotícias

Justiça do Rio condena médico que estuprou mulheres na sala de parto
Geral

Justiça do Rio condena médico que estuprou mulheres na sala de parto

10/06/2025
Ramagem nega monitoramento ilegal de ministros do STF pela Abin
Geral

Ramagem nega monitoramento ilegal de ministros do STF pela Abin

10/06/2025
Garnier nega envolvimento em trama golpista: “me ative à minha função”
Destaques

Garnier nega envolvimento em trama golpista: “me ative à minha função”

10/06/2025
STF inicia 2º dia de interrogatórios do núcleo 1 da trama golpista
Judiciário

STF inicia 2º dia de interrogatórios do núcleo 1 da trama golpista

10/06/2025
STF inicia interrogatórios de Bolsonaro e aliados
Judiciário

STF inicia interrogatórios de Bolsonaro e aliados

09/06/2025
Moraes autoriza apreensão de eletrônicos e armas de deputada Zambelli
Geral

Moraes mantém transmissão de interrogatórios de réus da trama golpista

09/06/2025
Bolsonaro responderá a Moraes pela 1ª vez no caso da trama golpista
Judiciário

Bolsonaro responderá a Moraes pela 1ª vez no caso da trama golpista

09/06/2025
Carla Zambelli é alvo de operação da PF
Geral

Por unanimidade, STF nega recurso e mantém condenação de Zambelli

06/06/2025
Próxima notícia
Governo do Amazonas desativará hospital Nilton Lins na segunda-feira, 6

MPF investiga pagamentos e contratos que nunca ocorreram, informa SES-AM

+Comentadas 1

  1. Pingback: STJ marca para o dia 30 a sessão para julgar recebimento de denúncia contra Wilson

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Principal
  • Autores
  • Poder
  • Geral
  • Cidades

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
  • Principal
  • Autores
  • Poder
  • Geral
  • Cidades

Open chat
1
Powered by Joinchat
Olá, eu gostaria de assinar o serviço de notícias pelo WhatsApp do site Estado Político.