MANAUS – A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), iniciaram, nesta sexta-feira (22/11), o trabalho preventivo de reforço do policiamento nas unidades prisionais do Estado com a Operação Cerberus. O objetivo é intensificar as ações de segurança preventiva nas unidades, como acontece rotineiramente todo fim de ano.
Em 2017, o estado registrou o maior massacre em uma unidade prisional, episódio que ficou conhecido como “Massacre do Compaj, onde no dia 1º de janeiro, 56 presos foram assassinados depois de uma rebelião que durou 17 horas.
Coordenada pela SSP-AM, Seap e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MPAM), a operação de reforço na segurança de presídios será mantida até o mês de janeiro de 2025.
Denominada Cerberus, a operação é realizada há cinco anos no Amazonas. O secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel Paulo Cesar Gomes, enfatizou que o alinhamento com os órgãos de segurança é um diferencial que fortalece as varreduras no entorno das unidades prisionais, proporcionando maior precisão e agilidade nas abordagens e verificações.
Essa estratégia assegura respostas mais rápidas e eficientes em caso de quebra de ordem por parte dos presidiários. “Estamos dando início à Operação Cerberus, que é uma ação preventiva. Com essa operação durante o fim do ano, a integração entre os órgãos nos auxilia na manutenção da segurança pública e da ordem no Amazonas”, afirmou o secretário da Seap.
De acordo com o titular da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada de Segurança (Seagi), coronel Almir Cavalcante, as ações preventivas estão sendo potencializadas com o emprego de tropas especializadas do Comando de Policiamento Especializado (CPE), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), e do esquadrão de elite da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).
“Alinhamos as operações dentro das unidades prisionais para prevenir qualquer tipo de acontecimento e para que, caso ocorra algo extraordinário, estejamos prontos para agir preservando a segurança dos agentes, internos e população”, afirmou.
O diretor do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), cabo Magno Raposo, destacou que o Estado realiza inspeções frequentes nas unidades prisionais e, mais uma vez, está presente para acompanhar os trabalhos realizados durante o fim de ano.
“As revistas nas dependências da unidade têm como objetivo identificar e apreender qualquer material não permitido que, porventura, esteja dentro do complexo prisional. Essas atividades serão intensificadas ao longo do mês de dezembro, em razão da aproximação do fim do ano e dos eventos festivos, como o Natal e o Ano Novo”, ressaltou o diretor do Compaj.
